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Você é mais Story ou Telling?
🏅 Código Éthos! #031

“Sê todo em cada coisa. Põe quanto és.”
Você já reparou como muitos perfis de executivos parecem vitrines caras, mas sem história?
Fotos perfeitas, frases soltas, manchetes de conquistas… e, mesmo assim, pouca conexão real.
Há a ausência de conflito e transformação que deem sentido àquilo que se mostra todos os dias no digital.
É aqui que entra a provocação do Joni Galvão, referência em storytelling e apresentações, fundador da SOAP e da The Plot, com mais de 20 anos traduzindo ideias complexas em histórias que a audiência lembra e comenta.
Joni lembra que muita gente confunde “story” com “telling”.
Story é a trama: protagonista, desejo, forças contrárias. Telling é como você encena essa trama — formato, ritmo, emoção.
Na presença digital, a maioria investe pesado no telling: design, edição, formatos da moda, reels, cortes rápidos.
Porém, esquece a story: quem é o protagonista, qual desejo o move, que riscos corre, que dilemas enfrenta.
Aristóteles já nos alertava para a estrutura mínima de uma boa narrativa: começo, meio e fim, organizados de forma coerente, com tensão e resolução.
Joni leva isso para o mundo corporativo com um princípio simples: sem conflito, não há história; sem história, não há presença.
Caso prático: pense em seu feed, no Instagram.
Quem é o protagonista ali: você, sua empresa ou o cliente que precisa de uma solução concreta?
A narrativa forte nasce quando o protagonista é alguém que quer algo e encontra obstáculos.
Na prática, pode ser o empresário que precisa organizar o patrimônio, o executivo que luta para ser levado a sério em reuniões, a líder que precisa engajar um time cansado.
Joni trabalha com a ideia de “ideia governante”: uma mensagem central que orienta tudo, do primeiro post ao último slide.
Trazendo para o nosso cenário da Presença Digital, nas mídias sociais, essa ideia governante deveria responder a uma pergunta direta: “De que transformação eu falo sempre que apareço?”
Sem essa espinha dorsal, sua presença digital pode tornar-se um mosaico de vaidades.
Em termos de presença digital, isso significa trocar declarações genéricas (“valorizamos ética”, “somos referência”) por episódios concretos:
o caso em que você abriu mão de lucro para proteger um cliente;
a reunião difícil em que você assumiu um erro em público;
a decisão impopular que salvou o negócio meses depois.
Histórias assim ativam emoção, criam identificação e dão verossimilhança à sua autoridade.
São elas que fazem alguém parar o scroll e decidir que vale acompanhar você.
Por fim, Joni insiste na estrutura de três atos para qualquer história de impacto: situação inicial, complicação progressiva e clímax com resolução.
No digital, isso significa ir além do “antes/depois” raso.
Você pode mostrar:
O cenário real do seu público hoje (ato 1).
As dificuldades, resistências, sabotagens que ele encontra (ato 2).
Uma virada concreta: decisão, método, prática que muda o jogo (ato 3).
Quando a sua presença digital segue essa lógica, algo muda de lado.
Você deixa de postar para “estar presente” e passa a usar cada aparição como parte de uma história maior, que constrói reputação e gera negócios.
Trabalhe para construir um enredo consistente, principalmente no digital.
Conselho de Mentor
1. Defina a sua ideia governante.
Em uma frase, escreva qual transformação você quer representar no digital. Exemplo: “Guiar empresários a comunicarem com precisão para proteger e alavancar seus negócios.” Cole isso onde você veja todos os dias.
2. Escolha um protagonista real.
Use sempre a perspectiva de alguém: o executivo invisível, a empresária sofisticada, o fundador exausto. Conte episódios em que essa pessoa enfrenta dilemas e precisa decidir.
3. Estruture cada conteúdo em três atos.
Ato 1: contexto rápido. Ato 2: conflito ou risco se nada muda. Ato 3: insight, decisão, ferramenta ou pergunta que move à ação. Em posts curtos, faça isso em três blocos de 2–3 linhas.
4. Troque slogans por cenas.
Em vez de dizer que você é ético, competente ou estratégico, narre uma situação concreta que mostre isso. Um e-mail difícil, uma audiência tensa, uma negociação delicada. A cena faz o trabalho do adjetivo.
5. Revise seu feed como se fosse um filme.
Olhe para seus últimos conteúdos em sequência e pergunte: “qual história isso conta sobre mim?” Ajuste a partir daí, cortando excessos e reforçando capítulos que mostram conflito, decisão e transformação.
Para colocar tudo isso em prática, no próximo dia 19 de novembro, a próxima quarta-feira, às 20h, esteja presente na minha masterclass Comunicação Estratégica para Profissionais Ambiciosos.
As últimas inscrições gratuitas seguem por meio deste link: https://diogoarrais.com.br/comunicacao-estrategica-para-profissionais-ambiciosos/
Sucesso sempre a você,
Diogo Arrais
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🏅 Código Éthos!
Escrita por Diogo Arrais
Todo domingo, às 19:00
Comunicação de Alto Valor
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