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Não basta cozinhar: posicione-se como quem sabe o que faz
🏅 Código Éthos! #027

“A cozinha é uma linguagem e cada escolha comunica.”
Toda marca pessoal precisa responder a três perguntas, sem tropeço: o que você domina, qual é a sua tese e como o mundo percebe isso na prática.
É por isso que o trabalho de Alex Atala (um dos mais premiados chefs do mundo) é um ótimo mapa: domínio técnico, uma tese clara (brasilidade sofisticada) e rituais que repetem essa mensagem em cada detalhe: dos ingredientes à maneira de falar com a imprensa e com a equipe.
Repare no encadeamento: primeiro, domínio (técnica, repertório, padrão de qualidade).
Depois, tese (o que você decidiu representar).
Em seguida, provas (o que qualquer pessoa consegue ver, provar, medir). Atala não “diz” brasilidade; ele mostra em escolhas repetidas: origem do ingrediente, método de preparo, narrativa do prato, curadoria do ambiente.
Dito isso...
Como aplicar o seu mapa de autoridade?
Comece pela tese em uma linha. Escreva de forma simples e inequívoca: “Eu ajudo [público] a alcançar [resultado] por meio de [método].”
Se a frase pedir explicação longa, ainda não é tese; é desejo.
Em seguida, liste três provas suas que qualquer pessoa reconhece sem você falar nada.
Símbolos
Atala usa consistência estética e linguagem simples para traduzir sofisticação sem afetar “acessibilidade”.
No seu caso, escolha dois símbolos de fácil reconhecimento: um formato (ex.: apresentações sempre em 5 slides, com a mesma estrutura) e um elemento visual recorrente (ex.: uma paleta e um padrão de capa para todos os materiais).
Atala comunica isso em múltiplos palcos: restaurante, mídia, livros, eventos, mas a mesma ideia central aparece de modos diferentes.
Você não precisa de todos os canais; precisa dos dois que você consegue manter. Por exemplo: uma mídia social para a régua pública (autoridade e repertório) e encontros mensais com clientes-alvo (grupo pequeno, discussão de casos).
Importante: a comunidade nasce ou cresce quando seu conteúdo resolve problemas reais em rotina, não quando você tenta “viralizar” um vídeo.
Por fim, escolha sua oferta-âncora, ou seja, o serviço que condensa sua tese e que qualquer pessoa entende ao ouvir.
Em vez de 10 serviços difusos, tenha um núcleo claro que puxa os demais. O resto vira variação, não confusão.
Quando alguém perguntar “o que você faz?”, a resposta precisa ser curta e demonstrável.
O mapa de autoridade funciona quando estranhos já conseguem apresentar você para terceiros, sem errar a essência.
Para exemplificar: pense no momento em que Atala apresenta um prato novo. A equipe já sabe o que esperar porque há um mapa: origem do ingrediente brasileiro, técnica que respeita a identidade, apresentação que conversa com a tese, e linguagem que explica sem floreio.
O posicionamento não é “inventado” de última hora; ele aparece porque foi desenhado antes. No seu universo, vale igual: quando o cliente entra em contato, ele reconhece sua tese no e-mail, no material, no jeito de conduzir a reunião e no que você entrega depois.
Conselho de mentor
Se algo que você faz não reforça sua tese, simplifique ou elimine. Se reforça, padronize. Se melhora com repetição, alimente.
Para facilitar (e você colocar tudo isso em prática, com resultados reais), baixe gratuitamente este Guia de Posicionamento.
Até o próximo domingo,
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🏅 Código Éthos!
Escrita por Diogo Arrais
Todo domingo, às 19:00
Comunicação de Alto Valor
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